terça-feira, 29 de maio de 2012

- Que mania temos de fugir das grandes possibilidades de nossas vidas, de nos escondermos em nossos casulos solitários, em nossos quartos vazios ou atrás de nossas iluminadas telas de computador. No final estamos apenas mantendo distância das situações que tememos e assim cultivando nosso medo, como um amante de botânica cultiva flores exóticas em uma estufa. Longe dos olhos de todos. Esperamos que as coisas mudem, esperamos estar seguros e encontramos somente o florescer de nossas angustias, a beleza enlouquecedora de nosso próprio silêncio diante de tudo, diante do quão grande é a vida. Diante da profundidade de nossas feridas.

 {V.de Á.}

- bem querer.

 
Nestes dias que passam arrastados ou até mesmo naqueles que voam, quando encosto minha cabeça no travesseiro neste quarto branco e formal me sobra uma certeza. A certeza de que você onde quer que esteja está pensando em mim também. A certeza de que você me quer bem e que esse teu querer me faz bem. Essas simples verdades preenchem um espaço antes vago no meu coração a tanto ferido. Meu riso se faz presente na tua presença e negar isto é mais que uma tarefa difícil. Desviar meus olhos dos teus cheios de ternura já me dói. É como estar embalado numa música contagiosa e não conseguir parar de dançar, em ciclos de dependências viciosas, de afetos necessários e beijos que curam a alma. É mais um daqueles sentimentos clichês, mais uma dessas declarações que ficam guardadas em pastas de um computador ou em agendas antigas. É apenas um querer, um bem querer. Apenas aquela certeza que me faz adormecer e a voz que me desperta pela manhã. 


{V.deÁvila}.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

- E quando as mentiras se aproximam, colisões de sofrimentos abrem o espetáculo, no qual os corações são as estrelas principais e o roteiro ninguém leu.  {V.Á}

Devaneio.

- Sabe quando a gente é criancinha e escuta aquelas histórias de reinos, príncipes, princesas e dragões? Aquelas que sempre acabam do mesmo modo, não importam se tem maçãs envenenadas ou belas moças adormecidas, com ou sem sapatinhos perdidos e longas tranças, todas elas têm um “Felizes pra Sempre”, todas despertam em nós a ilusão de que beijos são mágicos e que basta esperar para alcançar. Pois é, espero este fantasioso momento, espero poder olhar primeiramente pra mim e depois pra alguém recíproco e perceber que na vida real o “Felizes pra Sempre” talvez seja apenas um belo e eterno “Felizes agora e enquanto dure”. E que seja belo e verdadeiro enquanto dure.

 {V.de Á}
Em idas e vindas de súbitos momentos de descontraída coragem, percebo o quanto de mim fica subentendido, perdido entre velhos conceitos e esquecido por todos. Sei que de muito tenho culpa, sabe, de não conseguir revelar-me verdadeiramente por completo, porém esse completo até eu mesma desconheço. Parece que foi ontem que eu ainda sentia medo de mostrar-me humana e fraca, é, eu sou bem fraca. Mas fraqueza não é covardia, pelo menos pra mim.

E agora o velho marujo, da terra firme, desvendará os segredos do mar!.


{V.de Á}

domingo, 14 de agosto de 2011

Um desejo pode ser a força transformadora da vida, a engrenagem que nos faz funcionar, a pedra que quebra o tédio e até a solidão. Porque basta desejar, querer com toda sua alma para que seu corpo reaja em igual energia à tua vontade e te coloque em movimento, faça com que você se faça feliz, porque só você pode te fazer feliz. Felicidade é algo vicioso, esplendido e contagiante.

Vanessa de Ávila.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Se lançar ao desconhecido é sempre uma tarefa difícil, mesmo que o tal desconhecido seja algo esperado a tempos. É como dizer adeus, finais sempre são tristes e recomeços nos causam um certo frenesi e medo. Medo de não atender às expectativas, de não ser forte o suficiente até mesmo para suportar sua própria companhia, as vezes a única.
É como ver o mar pela primeira vez, querer entrar e não saber nadar. O misto de desejo, surpresa e o velho conhecido medo.
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O tempo vai nos deixando mais frios e duros pra vida, mesmo que você relute. Mas sempre é doloroso terminar um ciclo, deixar pessoas queridas, tentar seguir em frente sem olhar pra trás, sem pensar nos momentos passados, em tudo que já se viveu. Principalmente se seu saldo é positivo. Se você cresceu, se amigos fez e alegrias compartilhou. Mas sempre há uma luz, Deus é tão perfeito que nos deixou a Esperança, pra nos mover, nos lançar a frente e não nos deixar desistir, NUNCA! 
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Porque o caminho só existe quando você passa!. ♪




Vanessa de Ávila.


"De uns tempos pra cá, muita coisa mudou. Deletei um monte de gente da minha vida. Tudo sem um pingo de remorso. Quem me conhece, sabe que eu nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. Sempre compreendi os erros alheios. Chorei e sofri junto. E passei a mão na cabeça de quem fingia querer o meu bem. Estou mentindo? A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra pessoa. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal-resolvida e que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é uma só: eu".  {A.D}



domingo, 22 de maio de 2011

Vou continuar a manter uma distância segura e confortável, dessas sombras que aparecem em pleno meio-dia. Observar de longe, mesmo que minha vontade seja de ser tomada por elas. 
São difíceis de prever, escondem-se nos sorrisos amarelos que atravessam a rua nas más pintadas faixas de pedestre. Seguindo sempre o sistema, presas em seus relógios de pulso, em seus chefes arrogantes e em seus salários ínfimos. 
E quando ando pelas ruas que já possuem gravadas em si meus passos, me dou conta de que nada mudou lá fora, porém eu mudei. Consigo ouvir em minha mente as melodias que enfeitam minha vida e vejo em cada carro e pessoa que passa uma nova chance, um novo possível rosto amigo. Tolice, não? Porque apenas queria sentir que as coisas vão terminar bem, poder ter comigo a certeza de um futuro melhor, longe das sombras de sorrisos amarelos e relógios de pulso que mais parecem algemas. 
Acreditar realmente que vale a pena seguir em frente e suportar toda a indiferença daqueles possíveis rostos amigos que não passam de seres esnobes e estóicos.

Vanessa de Ávila.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

É tão admirável a complexidade dos nossos sentimentos e o quanto os sentidos são insignificantes diante de certas coisas e situações. Às vezes, ouvir é suficiente para sua razão, para seu cérebro, mas nem sempre é o bastante para as coisas interiores, para o que não podemos controlar ou conter. Nossa vontade é tão relevante em vista das ações do senhor destino, controlador de tudo. Como em uma rede de acontecimentos que prendem os desavisados. Você fica ali preso, vendo tudo passar diante de si e teus membros estão emaranhados em meio aos fios cortantes dos fatos, mas seu coração não está, ele vaga sem teu corpo. E, é tão ingênuo sem tal, potencialmente perigoso e descontrolado. Uma criança que não pode assumir o controle por seus atos e tudo recai sobre a razão, a responsável por todas as fugas da criança coração.




Vanessa de Ávila.

sábado, 6 de março de 2010

É, a solidão é o mal do século, é o mal da vida, e ela sabe, mas não consegue achar-se em si. E perdida encontra-te, e em pesares noturnos conturba sua alma. Seus sonhos são reflexos, espelhos da agonia em que se encontra. Num silêncio induzido por verdades misteriosas, verdades alheias e dolorosas. Mas quem é? Que direitos tem sobre algo? Não pode simplesmente julgá-los, decidir quais são os bons e os maus atos.


Não é Deus e não quer brincar de ser. Ter em suas mãos o poder sobre a vida, da ação e agir. Agir sobre os males sempre tirando deles o bem. Ah! Pessoas boas, - elas existem - mas não enquadra-se em seus padrões misericordiosos e cheios de boas intenções.

E quem a vê roga por ela, tão boa – por muitas vezes acham, doce menina – ingênuos, não a conhecem, não sabem que ela tem maus pensamentos e que em seu peito a raiva arde e pede-lhe passagem, tão fraco ser, tão morta e tão viva. Seu corpo move-se, articula-se, mas seu coração prefere a ‘paz’ ilusória do escuro, onde ela acha que está segura – mas não está. E ecoa sobre as paredes a voz de sua consciência pesada, cheia de crimes hediondos e artimanhas hipócritas. Hipócrita – é uma bela palavra para ela? Não sei. Pois ela tenta e isso é verdade, procura ser uma pessoa melhor do que é, não sem cansar-se, mas tenta.




Vanessa de Ávila
Já não sei em que estado me encontro, de que ângulo vejo estas cenas ininterruptas e atormentadoras. Procuro não deixar escorrer por meus poros este desagrado, meu egoísmo e esse desejo que habita em meu ser. Desejo que não deveria existir, que deveria ter partido junto com os restos do que achei que fosse verdade. Mas permaneço aqui, nesse quarto frio e úmido, onde as paredes me impedem de sair, de ver o mundo que virá, o mundo que quero descobrir - intensamente. E o que são uma ou duas horas a mais nessa terrível situação? Ganhar ou perder, isso nem me importa mais =)


Vanessa de Ávila

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

'As mentiras são uma pequena fortaleza onde você pode se sentir seguro e poderoso. Dentro de sua pequena fortaleza de mentiras você tenta governar sua vida e manipular os outros. Mas a fortaleza precisa de muros, por isso você constrói alguns. Os muros são as justificativas para suas mentiras. Você sabe, como se estivesse fazendo isso para proteger alguém que você ama ou para impedir que essa pessoa sinta dor. Qualquer coisa que funcione para que você se sinta bem, em suas mentiras'.



- William Young

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Bata o seu martelo, faça o que tiver vontade. Me condene se assim desejar, já estou aqui, conseguirei meu habeas corpus quando você olhar em meus olhos, sei que não resistirá. A verdade neles é explicita até para um cego. Refletem algo muito maior que eu, maior que você. Sim senhor, é assim que será a partir de agora. A ignorância nunca é uma boa amiga, ela é sorrateira e perigosa, perigosa como posso ser se preciso for. Escrever com sangue todas aquelas frases cheias clichês e hipocrisias. Ratificar minha sentença e ordenar sua execução, a sombra da morte? Não, seria pouco doloroso e é preciso mais para sair deste estado. E preciso de um "VENHA, EU TE AJUDO!" É preciso aprender a reconhecer, a entregar-se e confiar. O quê é muito mais assombroso às vezes, que a sombra da piedosa morte.

Vanessa de Ávila ;*
E que vazio é esse que assola? Que corrompe as almas e as deixa sem direção. Será preciso colocar uma bussola no coração? A rosa dos ventos não faz esclarecimentos nenhum sobre você. E você é o sul, o norte, o nordeste e o sudeste. Reduzir a escala de importância na minha vida é o quê tenho feito a cada segundo do meu longo e tedioso tempo. E como é glorioso conseguir ouvir aquela voz dentro de nossas mentes que sempre diz: Vá embora enquanto é tempo. Como é glorioso e doloroso ouvi-la.

Mas é graças a ela, e de responsabilidade dela nosso futuro. Você é apenas uma marionete, agindo conforme foi programado pra agir, programado por seus extintos.
Em profunda nostalgia e desmemoria ignora tudo que se passa por diante dos olhos, e se torna um borrão quando encontra as cores crepusculares. E é exatamente em emergentes e declinantes humores que vive. E a voz de sua consciência, é apenas aquela voz distante e vazia.

Vanessa de Ávila ;*

terça-feira, 27 de outubro de 2009

E dane-se tudo que nos faz mal. Dane-se o silêncio constrangedor, as palavras ditas durante um momento de raiva e aquelas que insistem em não dizer. E como rebater esse silêncio? Grite pra que se saiba, busque, lute, não desista tão prontamente do que se quer.
Não deixem que quebrem seu coração e continue em seu estado de amuo. Olhe, pode até consumir- te, mas não se deixe induzir por este forasteiro andante da omissão.
E quando a noite chega, você sente, sei que sente. Essa necessidade de ir direto ao seu destino, este de que foge, de que se esconde e evita.
E no ar a reticente experiência de se calar, não para ouvir, porque não há ninguém que diga o que se precisa, o que é necessário e imprescindível. Apenas calar-se. Está no cais, continua anteparando-se, detém toda forma de si mesmo que brota, que escorre por seu rosto e mancha sua vida, a vê pegar o primeiro barco ali ancorado e se despede, arremessa, renuncia e diz adeus!



Vanessa de Ávila ;*

terça-feira, 20 de outubro de 2009

"Dentre todas as dúvidas que cercam, essa é a mais cruel, é a que mais dói. Não saber se as verdades em que acredito são verdades. Se elas são suas verdades. Como eu posso decidir o quê é certo pra mim se não conheço o certo dessa história. E o quê fazer com o que restou? Com todos aqueles dias em que você estava aqui, que eu acreditava em você. Mas não sei se essa capacidade ingênua, pura e abençoada de acreditar reina em mim neste momento.
Não pretendo mais uma vez comprometer minha vida pela de outro alguém, um alguém que não é capaz de olhar pra mim e me dizer realmente o quê se é preciso dizer. Sangrando pelos pensamentos, é assim que estou. Desculpe-me se não estou mais enjaulada, se aos poucos vou me libertando de velhas manias e o machuco. Mas é assim, simplesmente assim que me sinto. É como em uma terapia, onde o doente mental que se recusou a tomar seus remédios por tanto tempo fosse eu e você apenas mais um telespectador da minha dor. Prazer, entre, fique a vontade, faça o seu jogo e interfira na minha vida, nas minhas decisões. Elas não valem nada pra você mesmo, nada vale pra você além de você não é?!
Eu estou gritando, agindo, estou me equalizando pra que ele não possa me sintonizar e você? Você continue aí, no seu pequeno cubículo de mundo, continue com suas não verdades e veja quanto tempo elas vão durar.!"

Vanessa de Ávila ;*

domingo, 18 de outubro de 2009

''Se todos fossem apenas eles mesmos, se pudessem sorrir com simplicidade, observar uma tarde de chuva e tirar dela toda beleza possível, tudo que consigo ela trás.

Como seria fácil dizer coisas se estas tivessem o vento como fundo musical e aos teus ouvidos fossem ditas.

Agir às vezes parece tão improvável diante de tantas mentiras, coisas mal explicadas, passados mal resolvidos. Mas desta vez não, realmente quero, realmente espero que seja diferente. Ir contra tudo que já tinha pensado em não voltar a fazer, sonhar, esperar e acreditar. Minha noção de realidade já está turva, como meu coração esteve por tanto tempo e persiste por estar. E tento, tento arranjar meios de escapar ilesa desta situação, deste estado de eutanásia em que me encontro, mantida pela morfina. Temporariamente? Me pergunto.

Mas não vou me preocupar, não mais agora.
Minha última esperança, vou abrir essa excessão, vou deixar que entre. Vou dar-me a chance de sorrir verdadeiramente, quem sabe é agora''.

Vanessa ;*


sábado, 17 de outubro de 2009

''Sentimentos antagônicos coexistem nesse ser, coexistem e o consomem.

Suas velhas manias persistem, sua ‘força de vontade’ não tem vontade suficiente. Suas lágrimas não existem ao exterior, só seu sorriso se faz presente.

Como se não bastasse todo o seu padecimento, a dúvida veio lhe fazer companhia. Atormentar sua consciência já insana, doente.

E como ela queria fugir de toda essa geena, dessas egolatrias. Longe de impassíveis ela gostaria de estar.
Simplesmente voltar a sentir a doce sensação de respirar, sem que nada obstrua sua garganta''.



Vanessa ;*

- ''Quem disse que você não é capaz?! Todos nós somos!

Deus nos fez anjos de uma asa só, você já pensou nisso?

Eles nos fez assim para que pudéssemos voar em duplas.

Quem são os donos de minha outra asa?! Boa pergunta!

Seus amigos! Você já pensou pra que eles servem?!
Pois bem, para te ajudar a voar, e voar significa superar seus maiores obstáculos, mesmo que eles sejam você mesmo, que estejam dentro de você.

Se todos temos asas? Sim! Apenas alguns guardam a sua em locais de difícil acesso no coração, mas tudo é superado com amor e persistência.
Então me deixe ajudar você voar?! Eu quero te ajudar voar!''

Vanessa de Ávila ;*







''Seus porquês fogem do que eu chamo de razão, mas também nunca fui razão, ela nunca me dominou, quem me domina está longe de sua compreensão, da derme, da superfície. Encontra-se morto na linfa. É carregado, pois a muito perdeu suas forças. Ainda tenho dúvidas do que será a morte pra ele, se ele a entendeu.

Cercado de um mundo fútil, cheios de falsos e belos sorrisos, e do que adianta serem belos? Encantam aqueles que sustentam mentiras, e dependem delas pra prosseguir. Desisti de desvendá-las, acusá-las, não tenho forças pra isso, esgotou-se! E o que eles vão dizer não importa, não é verdade, não é amor. Não trazem consigo o brilho que muitos trazem e que busco trazer. Não me encantam com seus cantos taciturnos que estou acostumada a ouvir.

 Ficarei aqui até o frio passar, até as vozes se calarem com choros mortos e desistirem de falsos sorrisos''.

 
 
Vanessa de Ávila.