- Que mania temos de fugir das grandes
possibilidades de nossas vidas, de nos escondermos em nossos casulos
solitários, em nossos quartos vazios ou atrás de nossas iluminadas telas de
computador. No final estamos apenas mantendo distância das situações que
tememos e assim cultivando nosso medo, como um amante de botânica cultiva
flores exóticas em uma estufa. Longe dos olhos de todos. Esperamos que as
coisas mudem, esperamos estar seguros e encontramos somente o florescer de
nossas angustias, a beleza enlouquecedora de nosso próprio silêncio diante de
tudo, diante do quão grande é a vida. Diante da profundidade de nossas feridas.
{V.de Á.}
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